Texto Reflexivo: O papel do Docente no espaço de Sala de Aula

25/07/2013 12:40

PANARELLI, Angelica Moreira

      Pensar na educação Superior no Brasil verifica-se que não é algo novo, mas data de uns mil anos desde a Europa e América, por isto há grandes desafios, de se buscar no velho a base, para construir o hoje e o amanhã.

      A Universidade é uma instituição que se amolda como tal a diversos aspectos sociais deixados na história e agora globalizados, e que traz profundas transformações na figura social, familiar, e do trabalho. Participa na vida pública econômica sem confundir com o poder público ou partido político.

    A Universidade segundo Masetto tem a função de construir a criticidade, conhecimento, levando a realidade e desta ao equacionamento e ao encontro de uma solução ou investigações destas.

     E para tal precisa estar imbuída de diversos saberes sobre a realidade ontem e hoje.

    Mas pensar na educação superior hoje é verificar como no passado, que ela muitas vezes se movimentou segundo as necessidades sociais, e hoje ela se movimenta de forma em rede que visiona o mercado voraz de trabalho a fim de trazer sucesso a todos que adentram. Na visão e ação da UNESCO de 1998 ela propõe a formação e desenvolvimento sócio cultural e econômico, preparando o educando para pesquisa e promovendo a diversificação de conteúdos e desta a diversidade de experiências, expressão, comunicação, e desta a relação entre a teoria e a pratica, difundindo a integração cultural de forma que venha atender a comunidade social e o mundo do trabalho. 

      Diante desta abordagem de Masetto a respeito da Universidade e sua função hoje,  outro  questão importante que se segue diz respeito ao docente e ao educando, sua construção referente ao ensino. Ou seja, como motivar o educando ao aprendizado diante das constantes mudanças e construções que se segue globalmente que interfere positivamente e negativamente tantas vezes nas Universidades e destas no espaço sala de aula.

      E pensar no educando hoje dentro das Universidades é encontrar este, dentro de um perfil denominado segundo Brandão de geração y e z, termo mais novo usado, pelo mundo corporativo, mas que também faz parte antes do mundo acadêmico.

        Masetto mostra a enorme missão docente, saber quais os ditames, mediações que traga ao sujeito o fortalecimento de uma boa construção educacional, diante de uma sociedade cada dia mais diferenciada, seja ela financeira, cultura, bagagem (formação anterior), ou seja, fatores determinantes que tem trazido um educando denominados (adultocentes ou geração Y e Z), imprevisíveis, impacientes, indecisos, mas de posse hoje quase todos de uma enorme tecnologia em suas mãos, o que dificulta ainda mais o sistema de querer sua atenção em sala de aula, sendo tudo ainda muito limitado, mas possível.

     Porque este desafio segundo Masetto traz ao docente um constuto de uma educação continuada, através de projetos de pesquisas, avaliações de sua teoria e métodos, tudo para que se aproxime ainda mais do educando contemporâneo.

     Anastasiou mostrar ainda a importância de o docente levar ao educando o encontro com ações teóricas bem construídas, alicerçadas, para que este não viva em um mundo mágico, ou copista, mas sim de ações e reflexões transformadoras.

     Hoje se tem uma gama de educando já bem mais despertado e imbuído de um conhecimento maior, mas, no entanto, o que ainda se vê em questão é o que fazer com isto, ou seja, o conhecimento adquirido, pelos meios de comunicação que os permeiam?   Este é outro embate, o que traz uma enorme indecisão nas escolhas das profissões nas faculdades que se seguirão.

     Então o docente tem como meta em suas aulas uma diversidade de pensamentos, de métodos, teorias, práticas que vise à construção diária que se propõe, para que o aprendizado então ocorra. Dentro de trabalhos não solitários, mas com pensamento num todo em grupo, ou participações diversificadas, de acordo com cada sala e realidade ali inserida.

     Outra questão importante que o texto reflete entre docente e discente, é o preparo de ambos para a chegada em sala de aula. O docente sempre deve ter na manga uma cartada do que fazer quando o educando não vem preparado das leituras solicitadas.       Mas o docente deve ter claro em sua proposta da importância da leitura dos textos, e participações destes (educando) em aula, para que possa ir tirando suas duvidas e fazendo novos links de construções entre a teoria e a pratica, coisa que sem a qual levará mais tempo para a percepção de ações criativa e transformadora para o meio que se esteja inserido ou almeja ir.

     Cabe ao docente ser bem mais atento e criativo, conhecer bem a sala, ainda que não seja em sua totalidade, mais o mínimo possível que se faça perceber quando há algum entrave ou bloqueio do aprendizado por parte do educando (ou seja, percepção rápida) para mudar os planos quando preciso para que de fato o aprendizado aconteça.

     Um bom campo de aprendizado é o meio inserido, parcerias diversas dependendo do campo de atuação do curso, estágios, palestras, pesquisas, uso da tecnologia, reflexões e debates diversos, leituras, pesquisas, filmes, e finalmente partir para ação para que o educando possa sentir o desafio que de fato esta a sua frente como responsabilidade diante de  toda teoria aprendida.

    Pois só assim será possível fazer conexões verdadeiras e reais de todo o aprendizado construído ao longo do tempo.

     Com isto pode-se afirmar que docente e educando aprendem juntos num processo de constante interação, embora os papeis sejam diferente, mas a sala ainda é um fator importante para a construção do conhecimento, claro não desfazendo dos outros meios a qual precisam os docentes dominar, para darem conta de fazer cada dia melhor, pois a tecnologia a distancia é hoje, uma ferramenta no processo de ensino aprendizagem.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Bibliografia

AMARAL, Ana Lucia. CASTANHO, Maria Eugenia L.M. Pedagogia Universitária: a aula em foco. Campinas, SP: Papirus, 2000.

ANASTASIOU, Léa das Graças Camargos. Ensinar, Aprender e processos de ensinagem. Joinville, SC: Univille, 2004.

BRANDÃO, João Batista. Geração Y: Fundação Getulio Vargas. 06/07/2008.

MASETTO, Marcos. Docência na Universidade. Campinas, SP: Papirus, 1998.

MASETTO, Marcos. Competência Pedagógica do Professor Universitário. São